A passagem dos 70 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos foi registrada, nessa segunda, em pronunciamentos no Plenário da Assembleia Legislativa. O presidente da Comissão de Cidadania e Direitos Humanos da Alepe, deputado Edilson Silva, do PSOL, ressaltou que os direitos previstos no documento funcionam como um patamar para observação da dignidade da pessoa humana, inclusive das pessoas em conflito com a lei. “Porque mesmo o sujeito preso, mesmo o sujeito que cometeu um delito, esse sujeito que está nas mãos do Estado, ele continua sendo um sujeito de direito mas os direitos humanos são para todos. Os direitos humanos são os direitos das crianças, são os direitos dos idosos, é o direito à liberdade ou direito à democracia, é o direito ao trabalho, é o direito à inviolabilidade do seu corpo, isso tudo são os direitos humanos.”
O deputado Zé Maurício, do PP, lembrou que a declaração foi uma resposta da Organização das Nações Unidas às atrocidades cometidas nas duas guerras mundiais do século 20. “Um sofrimento humano incalculável foi impedido, e os fundamentos de um mundo mais justo foram construídos nestes 70 anos de história.”
O vencimento do contrato de gestão do Paço do Frevo pautou discurso da deputada Teresa Leitão, do PT. Ela lamentou a ausência de manutenção do local e o rompimento de contratos devido à falta de recursos. A parlamentar fez um apelo à Prefeitura do Recife, responsável pela gestão do espaço cultural, para que a situação se normalize. “Afinal de contas, é Patrimônio imaterial da Humanidade, não é possível que a gente permaneça em um período de férias, em um período onde o fluxo de turistas aumenta normalmente, é o período que antecede o Carnaval, que a gente possa estar com aquele espaço fechado em condições precárias de funcionamento.”
Durante a Reunião Plenária, os deputados fizeram um minuto de silêncio em memória dos cinco pernambucanos mortos em um tiroteio ocorrido na semana passada, no Ceará. Na ocasião, policiais e bandidos trocaram tiros em uma tentativa de assalto a banco. A homenagem partiu do deputado Rodrigo Novaes, do PSD. Ele lembrou que as cinco pessoas eram de uma mesma família do município de Serra Talhada, no Sertão do Pajeú. Novaes apoiou a decisão do Governo do Ceará de afastar os policiais militares envolvidos na operação. “Para que eles sejam investigados, e o desejo de Pernambuco é que possa haver essa investigação dos órgãos isentos, competentes, pra que a Polícia possa cumprir o seu papel como a sociedade espera.”
Além da família pernambucana, o tiroteio terminou com 9 vítimas fatais.